quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020
A vingança da porta
Era um hábito antigo que ele tinha:
Entrar dando com a porta nos batentes.
— Que te fez essa porta? a mulher vinha
E interrogava. Ele cerrando os dentes:
— Nada! traze o jantar! — Mas à noitinha
Calmava-se; feliz, os inocentes
Olhos revê da filha, a cabecinha
Lhe afaga, a rir, com as rudes mãos trementes.
Urna vez, ao tornar à casa, quando
Erguia a aldraba, o coração lhe fala:
Entra mais devagar... — Pára, hesitando...
Nisto nos gonzos range a velha porta,
Ri-se, escancara-se. E ele vê na sala,
A mulher como doida e a filha morta.
Alberto da Oliveira
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3 comentários:
Francesc qué sorpresa me hiciste!!!! Ni me lo queria creer, un poema en portugués de un poeta Brasileño.
Volví a publicar en este blog.
Gracias!!!! Un abrazo!
Francesc qué sorpresa me hiciste!!!! Ni me lo queria creer, un poema en portugués de un poeta Brasileño. Volví a publicar en este blog. Gracias!!!! Un abrazo!
Lo vi, por eso puse este poema de Oliveira que es un poeta que me gusta mucho-
Saludos
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